domingo, 15 de maio de 2011

Eu não pretendia me prender. Sempre tive medo disso de se prender tanto a alguém a ponto de esquecer de você mesmo, a ponto de sofrer por essa pessoa por um simples sumiço de 1 hora de relógio. Eu sempre ri de quem chorava de amor, de quem dizia que só de ouvir a voz de alguém o dia ficava melhor. Chorava em todos os finais de filmes românticos, mas não permitia que eles entrassem na minha história, não me permitia. Talvez por isso eu nunca tenha amado da maneira correta, da maneira que deveria ser. Amei com reservas, com receios, com algemas. Saltei todas as palavras de amor que lançavam pra mim, elas não retornavam pra onde veio, de maneira alguma. Isso, eu não me permitia, mas hoje é diferente. Sabe tudo isso, todas essas bobagens de sorrisos, cartinhas de amor e ansiedade ? Eles não me são estranhos agora. Aprendi a me prender, aprendi que eu sozinha não me bastava, que precisava esvaziar tudo de bonito que tinha aqui pra alguém. Esse alguém não aceita que as coisas sejam feitas do meu jeito. Foi esse alguém quem me mostrou o jeito certo, estranho, mas certo. Um jeito nosso, um jeito meu.



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