domingo, 11 de novembro de 2012

Todo mundo tem um sonho. Tem algum desejo. Tem alguma meta. Tem algo pra ser alcançado. Tem uma viagem dentro do coração preparada em detalhes irreais. Alguns, curiosamente, vão realizando esses sonhos ao longo do caminho. Ou alcançando, galho por galho, o topo de seus objetivos. Tem sonhos que florescem. Parece que o tempo favorece. A pergunta que não cala seria oque foi feito para que a realidade resolvesse abraçar aquelas partículas sonhadoras e transformá-las em vida. Sorte? Talvez, não! Seria meio injusto a sorte presentear-se à uns, renegando simplesmente à outros. Tem alguma coisa no coração dessas pessoas que realizam que as faz merecedoras de suas conquistas. Uma capacidade de concentrar-se, de determinar-se, de conectar-se, por coragem e persistência. ao objeto de seus anseios. Creio que o nome disso seja FÉ.

Pode-se dizer, então, que todos têm fé. Que no ato do desejar a fé fosse algo intrínseco. Ou ainda que uma coisa estivesse atrelada à outra. O Livro Sagrado diz, cruelmente á meu modo de vista que, "a fé sem obras é morta". Ainda que cruel, faz sentido. Daí, a outra pergunta permanente seria, de onde brota essa fé realizadora? O que faz a fé tornar-se adubo das flores mais bonitas que a gente quer ver no nosso jardim, e essas flores vingarem? É quando ocorre a palavra ingenuidade. O bom sentido dessa palavra que poderia trazer nas suas mãos de criança a mais bonita das qualidades, a BONDADE. E eis que surge uma fórmula: a fé nasce da bondade mais pura, fé esta capaz de realizar sonhos que nascem no coração. A verdadeira fé é um ato de bondade desprendida. Já nem é mais desejo, antes ainda, é a certeza natural que as crianças têm de que serão protegidas porque assim é que deve ser. Acreditar seria viver.

Não é fácil ser bom na vida adulta. A gente se envolve numa couraça cheia de recursos de proteção, e esconde a bondade pra não pensarem que a gente é bocó demais. E acostuma a ser pra dentro. A não acreditar no lado de fora. Leva uns sacodes daqui, outros dali e, _puxa vida!, quer proteger de todo jeito o sonho e a criança que nos resta por dentro. Ser uma pessoa bondosa quase soa como qualquer coisa do século passado. Sei lá! Talvez o negócio seja começar pela gente mesmo. Ser uma pessoa boa que abraça com bondade os próprios sonhos. E busca acreditar com bondade. Abraça o outro mesmo que os espinhos de tantos abraços não dados digam que não na prórpia pele. Uma fé que não busca a lógica, os argumentos, os julgos, as tantas considerações. Talvez ter fé seja simplesmente ser bom. Um desafio e tanto pra quem já experimentou na carne do coração os açoites da vida. Talvez daí que nasça uma fé maior. Uma fé que vence, que cura, que ultrapassa, que se recupera. Que remoça.

É preciso remoçar o coração da gente. Pra que caiba fé. Pra que caiba essa tal bondade. E mais meia dúzia de sonhos esperando pra nascer.

|Via: Uma estrela na mão




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